outras páginas.

Último Romance.

Ao que há de vir.

Escuta daí essas palavras que o vento sopra em teus ouvidos, moço. Não se assuste com essa brisa, não. É coisa minha. Coisa linda. E dessa coisa assim, igual a você, não há de haver outra. Já contei que quando da tua chegada, essa minha parte que falta, pedaço do meu inteiro, acabará onde começa você? Justinho você, que já é meu, sem nem saber sequer. Eu tampouco sei. Sei, entretanto, que farei de você um lugar e ali será minha morada. Mas não tenho pressa, não. Não tenha pressa você também.

Enquanto você não vem, fico daqui, mãos ao queixo, pensando em como tua presença primeira vai calar minha voz. Imaginando a ventura de poder enfim saborear a plenitude dos versos daqueles poetas que leio, enquanto desenharei você. Peço de antemão que, quando você chegar, entenda minha timidez, esse meu ar recuado, e não deixe que isso sirva de empecilho para tocar tuas notas. Vou gostar de ouvi-las. Você vai cantar em mim e minha alma desabrochará em flor, espalhando aquela sensação de que sempre fomos um. Me despirei então, pétala por pétala, e te contarei dos planos que andei pintando para nós dois durante essa espera.

Cabe aqui avisar que você me descobrirá boba. É esse meu jeito assim, feito com um pedaço de cada amor errado. Meu jeito cheio de engano e de imperfeição. Leio poesia mas ainda não aprendi a vivê-la. Carrego sempre um verso no peito - esse verso pode virar você. Então, menino, se você chegar a conhecer esses meus lados às avessas, é sinal de que consigo ser eu mesma quando na tua presença. Isso se você prometer não correr ao me notar de pijamas e cachos amassados, daquele jeito desgrenhado e louco, a cada amanhecer.

Eu não vou ligar se você me acordar no meio da noite, dizendo que ninguém mais poderia ouvir o que você tem para contar. Vou amar tua cara de sono, ceder a cada pedido de beijo teu, fazer dos teus braços cobertor e brincar com teus cabelos entre afagos, cantarolando baixinho uma melodia qualquer, até você adormecer outra vez. Prometo não contar para ninguém das estrelas que você trará consigo. Vou apenas fotografar o luar em teus olhos a cada anoitecer. Aí, entenderei do mistério com o qual você foi afastando minha solidão, enquanto chegava assim, tão sorrateiro em seu silêncio, quase sem me deixar perceber o prenúncio dos teus passos.

Quando esses olhos castanhos te observarem como quem mira ilhas distantes e eu me fizer calada, saiba que nessa hora eles estarão sendo acarinhados por tua imagem em minha frente. Eis minha explicação para o não piscar. E em meio a carícias doces e tão suaves, sentidas como se feitas por lábios, me perderei em teus abraços. Farei deles meu abrigo. Gosto dessa história de corações conversando. Durante essa conversa, brincarei de descobrir teu cheiro. É que assim, quando você estiver um tanto longe, eu vou gostar de quase poder enxergar você quando alguém exalar essa tua essência numa esquina qualquer.

A cada entardecer após teu pousar, vou grudar nossas mãos e sussurrar um sem fim de amores ao pé do ouvido. Aí você vai me mostrar esse sorriso lindo que carregará no rosto - o sorriso mais terno de todos. E meus dias se iluminarão. Isso às vezes, pois não sou dada a declarações, surpresas e apelidos fofos. E quando eu já for assim, coisa tua, vez ou outra te observarei ao violão, também. Ah, você tocará lindo, mesmo quando desafinado. Me aproximarei de leve, para não te atrapalhar. Meu coração ali, batendo descompassadamente mais uma canção por você.

Viveremos também momentos de zanga, claro. Discussões acontecerão. Mas sei que faremos disso motivos para procuras maiores. Não nos perderemos. Nos entenderemos no silêncio e distribuiremos gentilezas. Seremos amizade. Pedaço inteiro. Que é para nos sabermos suporte. Para nos fazermos chão firme um do outro durante aquelas crises que nos invadem nessas tardes de uma terça-feira ociosa qualquer. Meu riso será teu nome. Quando você finalmente chegar desses confins do não sei onde e eu abrir a porta, moço, me livrarei dessa saudade assimilada que me preenche e não acho que vou querer fechar os olhos outra vez. A cada chegada tua, ouvirei as flautas. E as almas em dueto ensaiarão uma busca infinda de singularizarem-se.

Será que esse meu desenho das tuas linhas incertas vai fazer nosso encontro em alguma curva? Eu nem me importo com um barraco, um coqueiro, uma lua, o mar e você me contando tuas coisinhas. Prometo nem implicar quando você contar pela milésima vez o mesmo caso. Vou ouvir as histórias de você atenta ao teu gesticular de mãos, decorando teu piscar de olhos, teus ais, tua tez, aprendendo a enxergar a transparência da tua alma. É que quando acontecer nós dois, tão logo meus sentidos borboletearão. Haverá palavras trêmulas. E no meio dessas palavras soltas, a gente vai entender segurança. Cada instante será sempre. A redoma feita desse amor protegerá nossa poesia.

Veja bem, não escreveremos nenhum conto de fadas, não. Contos são curtos por demais. Mas posso segredar uma boniteza? Escreveram por aí que juntos viveremos nosso último romance. Arrisco acreditar. Sonho tua voz e escrevo você existindo para me roubar coisas que já são tuas.

Mas enquanto você não vem, menino, brinquemos de tempo-será, tal qual o poeta. Uma hora dessas acaba sendo. Vamos de mãos dadas.

__________________________

Título emprestado do Último Romance, de Amarante, o hermano.

[Escrito em junho de 2008].

Comentários

  1. Eu quis ler seu texto compulsivamentel... e cada nova linha que surgia parecia acelerar ainda minha ansiedade por um pouco mais! Eu tive que parar duas ou três vezes para suspirar e talvez eu tenha me dispersado com umas borboletas que também cruzavam o meu caminho durante a leitura, me levando pra outros mundos e futuros!
    Gosto de lugares que me fazem levitar.
    Lindo!
    ;*

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  2. Li várias vezes, pra garantir que não faltou uma vírgula.
    Encontrei muito de mim aí; por vezes, estive nessa espera angustiante, também deixando de viver a poesia lida. E, quando a espera findou, não cansei de ser o momento.

    Gosto de lugares que me fazem levitar. [2]

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  3. vocêtiraar... daí dizer num folego só que restou: "quelindo!"

    enquanto lia lembrei essa música:
    Nas minhas ruas e esquinas
    Vivem desejos que fogem das mãos
    Fazendo o coração curar de vez
    De vez

    O lugar onde você deve chegar
    O endereço onde você vai ficar
    A minha avenida você vai andar
    E agora eu já sou o seu lugar

    Dentro de mim
    Você vai morar

    O perfume agora é quem vai mandar
    O caminho é certo e não tem como errar
    Vou enladeirar as vias
    Desse seu lugar

    Você não vai se perder
    Eu vou lhe achar.

    {3namassa - o seu lugar}

    tebeijo :*

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  4. Lindo!Lindo!Lindo!
    Eu ameeeei!!!
    E me fez lembrar de um menino especial para mim.


    Beijocas Jaya!
    Seu blog é lindo demais!!!


    P.S.:Obrigada pelo comentário, volte sempre querida!

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  5. De mãos dadas e em direção a um conto de fadas, why not?
    Bjoooooooo!!!!!!!!!!

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  6. Tem certeza que esse trem foi escrito em 2008? Sei não... Tô vendo 2009 nessas linhas. huhuhu!

    Assim: menino tem a sorte de encontrar alguém com amor tão bonito no peito. Então menino tem que acordar logo pra vida e sair correndo atrás do amor. Ou então, nem precisa. É só deixar amor entrar. Tá batendo na porta. E eu escuto.

    Gostei demais, Jayazinha. Só pra variar um cadim né? rs.

    E já disse que meu sorriso era teu, por isso tudo.

    Beeeeejo!

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  7. hum...por onde começar?
    bom, na verdade acho que vou começar te dizendo que vou te favoritar lá no meu, tudo bem?

    dito isso, confesso que passei muito tempo por aqui, li esse post, 'andei' pelos arquivos, li com calma. e confesso: fico tão feliz quando acho um blog assim, que dá um prazer imenso de ler linha por linha e é poesia pros ouvidos. é aquele tipo de coisa que deixa o dia melhor.
    na minha atual fase gostei muito do "verbalizando". mas prometo, quando achar esse amor, esse último romance, vou vir aqui e ler esse com um sorriso nos olhos.

    do mais, parabéns pelo blog. lindo, lindo.

    beijos

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  8. ai, eu li sofrendo.
    pensando: vagagay, para de fazer cagada. e ainda assim, sem deixar de querer tanto que desse pra ser assim, mesmo, nos nossos mundinhos.

    e daí, jaya, eu morri. tem um ano, já.



    é foda ver que as coisas esvainecem. nascem outras, é bem verdade. mas me sinto cretina na perda.


    (desculpa eu só saber ler as sombras?)

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  9. aos poucos me força a ser Leo, fico refém, com todas aquelas inquietudes de alma.. e torço calado, sem esperanças, pelo nosso desejo que é igual.. sonho teu sonho nesse meu lugar desconhecido, mudando as personas por viver numa outra realidade. que não mudaria fosse o caso, mas não é.

    me conforto ao ler, um tanto incrédulo ainda, mas querendo acreditar, que existem, existe, moça assim..

    teu texto é mágica, moça.
    feito criançã estou, abobado, parado, encantado, buscando entender de onde vem, por onde sai, o que te faz tão..

    ps: acharia estranho se lhe pedisse uma foto? foto qualquer.. se sim.. falamos depois se não.. eu tenho uma imaginação muito fertil tá?

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  10. você sabe bem que eu tô nessa espera. que enquanto não é. eu finjo e acredito que vai ser.

    "uma hora dessas acaba sendo"?

    será?

    ai, que não demore então.

    um beijo, Jaya!!

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  11. Será que quando acha, a pessoa tem conciencia de que encontrou? Fico imaginando alguem ficar numa eterna espera, sem saber que o que lhe completa esta bem proximo.

    Bonito texto, Jaya.

    Bjos e td de bom

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  12. ah, que saudade... entrei aqui de novo e não vai dar pra ler... rs

    vc viu, né?! to no twitter... é que estou estudando a ferramenta e a "realidade" que nela é construída. monografia, querida... meu deus! rs

    um bejão, fulô!!

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  13. Jaya, doce Jaya, tem selo pra ti lá no Fazer Estrelas. Espero que goste!

    E aqui, como sempre, me faz tremer.

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  14. Eu ia perguntar porque nao poderia terminar de ler o texto. Agora eu sei.

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  15. Quantos grãos de suspiro já foram escondidos por formigas operárias durante incontáveis invernos que aguardaram a primavera? Quantos fragmentos de esperança já deitaram-se febris e pacientes sob toda a neve do planeta e esperaram outra vez pela carícia gentil do sol da vida? Quantas expressões em sânscrito antigo já traduziram o que se quer hoje e sempre?
    Ah, pequena Jaya, o tempo que dura um arrebatamento é o mesmo que te alcança tua fé. Sê firme através dos dias furiosos porque deles é que emerge todo e qualquer milagre.
    E um dia viver dentro dos palácios idealizados por uma madrugada de enlevo e construídos sobre a rocha estável da certeza de quem sabe sonhar o sonho certo.
    Quantas palavras morrem prematuramente sufocadas pela impossibilidade enquanto um coração assiste a tudo amordaçado? Quantas almas acorrentadas com brutalidade, esquecidas em masmorras de silencioso desespero?
    Eu não sei...
    Mas viva você, que sabe libertar o que há de melhor no espírito humano.
    Obrigado, Jaya, por tirar o meu fôlego!

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  16. Romance, néam?
    Coisa que quero pra mim.

    Tocou em mim, sabe?

    :*

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  17. eu me dou por satisfeito se ficar com a parte presente, com a parte doce de dulce... da decisão, do jeito ímpetuoso de se impor.. e principalmente com a parte que faz dela esse vício maluco..

    do tipo que não fala, só pega na mão e me leva junto.

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  18. já havia postado antes né?ou não?
    não me lembro bem, mas lembro q pedi a vc pra escrever algo inspirado numa musica dos LH, mas não lembro se foi o Ultimo Romance...

    enfim, adorei!
    bjo!

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  19. "Como é que tanta doçura e tanto talento cabem assim, juntos, num blog e numa mente só...?"
    Te leio em silêncio há tempos, Jaya. E sempre saio daqui com essa pergunta girando nos pensamentos...
    Outro dos textos bonitos que me fazem querer voltar pra cá =*
    Beijo!

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  20. Vou amar tua cara de sono, ceder a cada pedido de beijo teu, fazer dos teus braços cobertor, e brincar com teus cabelos entre afagos

    caraa ameei cada palavras,

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  21. Fez-me lembrar do meu romance... Desejo que meu último. Pois intenso assim, ele já é!

    Lindo, moçinha! Lindo demais!!! Imaginei cada coisinha, cada detalhe....

    Beijos

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  22. "Enquanto você não vem, fico daqui, mãos ao queixo, pensando em como tua presença primeira vai calar minha voz."


    Eu espero pelo meu moço!


    JAYA!
    *-*
    Me manda teu endereço por e-mail pra eu te mandar cartinhas?
    MAnda?
    é pro mesmo e-mail do msn!


    Beijos, tenho saudades!

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  23. Aos que pediram:

    "A Eternidade está longe
    (Menos longe que o estirão
    Que existe entre o meu desejo
    E a palma da minha mão).

    Um dia serei feliz?
    Sim, mas não há de ser já:
    A Eternidade está longe,
    Brinca de tempo-será."

    [Tempo-Será - Manuel Bandeira]

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  24. Jaya, sou tão lento escrevendo como minha avó fazendo tapioca. O resultado é até agradável, mas se apressar, a receita "desanda" heheeh...

    Meu ritmo segue mais ou menos esse compasso (segunda-sim, segunda-não... ou seja, próxima segunda-feira tem tapioca nova!)

    bjos mil...

    (A propósito, o texto é de uma boniteza sem fim...)

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  25. Menos longe que o estirão que existe entre o meu desejo e a palma da nossa mão

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  26. hum ... cheiro de desejo de namorar um namoro namorado como namoros devem ser: enamorados!

    ah, aproveitando o espaço: a garganta está voltando ao normal, ficou pra terça-feira a primeira gravação das seis músicas que já foram montadas ... tempos passam e histórias vão se formando ...

    bjks, menina com nome de mulher da selva

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  27. Engraçado sabe Jaya, como é bem verdade. Que certas presenças primeiras, nos(me) calam.

    E parte de mim permanece calada por não ter o que dizer, quando nada precisa ser dito.


    Bom final de semana.

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  28. Tô aqui, Jaya!
    Semana corrida na universidade, moça.
    Quase perco o pouco juíso que ainda me resta :D

    E mais um texto lindo seu. Sonho todos os dias com o meu último romance.

    p.s: é, a pontuação foi proposital sim. Queria causar um ar de sequência chata e enfadonha. Consegui?

    Beeeijo
    :*

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  29. Que, logo, seja.

    Eu só suspiro ao ler. Reler. É apaixonante, é...

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  30. Alguém que escreve assim não tardará a ver, esse tal de amor.

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  31. Ai, Jaya....[suspiros]
    Que texto apaixonado, tô com vontade de "copiar" e dedicar ao meu amor.
    Suspirei e imaginei e me deliciei do início ao fim.
    Chega já já esse tal de amor...
    BEijo, moça mais sumida do mundo que me abandona sempre, mesmo tendo meus e-mails!Humpf.

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  32. Ah, que lindo, minha querida. Há tempos eu espero por um amor assim, com as mãos no queixo, mas ele não chega. E quando penso que ele, finalmente, apareceu, eis que volto à espera de sempre.
    É, mas não desisto, não, por isso voltei. O blog tá novinho, com outras cores, aromas e sabores que é pra ver se algum beija-flor vem.
    Saudades intensas.
    Beijos

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  33. que lindo..ninguem usa as letras e titulos de músicas dos los hermanos tão bem^^

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  34. Saudade, taaaanta!
    Msn ur-gen-te!
    Beijo, flor!

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  35. Ai ai...
    Te ler é sempre uma viagem...

    Saudade coisalinda...

    Beijo e mais beijos...

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  36. por que será que certos meninos são avessos ao "tempo-será"?

    que a brisa do beijo bom sopre por aí, querida

    beijos

    MM.

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  37. Então que um dia eu escrevi um texto chamado MARGEM DE ERRO. Por uma decisão particular, cuja explicação não é relevante, eu acabei retirando-o do blog. Mas ainda hoje, acredito em cada uma daquelas palavras. A vida tem pouca tolerância, mesmo. Uma margem de erro ínfima. E tudo corre tão depressa que, às vezes, nem percebemos o instante em que "pisamos na bola" e decepcionamos alguém, ou talvez eu tenha perdido de vez o pouco tato de que dispunha. Anyway, eu só queria deixar registrado aqui, que esta postagem (ÚLTIMO ROMANCE) foi uma das coisas mais doces e mais lindas que já tive a oportunidade de ler. É impossível destacar um só trecho nela como meu favorito. Seria injustiça para com o conjunto. Essas palavras parecem que nasceram para ficar grudadas nesse texto. Coisa de destino. Bom, esse comentário já está bem maior do que o necessário. Era só isso, mesmo. Parabéns!

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