... depois te amo mais.
[Quase um segundo - Herbert Vianna]
[Quase um segundo - Herbert Vianna]
Eu odeio muito você ter aparecido em minha vida. Odeio você ter chegado com esse sorriso-que-cabe-o-mundo e despejado essa coisa sem nome dentro de mim. Odeio tudo isso ter me parecido algo muito certo. E único. Algo feito só pra mim, por você. Como se tudo, toda aquela demência, tivesse sido efeito de uma poesia frenética que montou em mim e quis ser tua na mesma intensidade com a qual você me recheava. Odeio.
Odeio você ter a letra bonita. E odeio que a primeira carta tenha chegado num envelope transparente. E mil e uma borboletas de uma vez fazendo festa no meu estômago vazio. E meu coração-motor-de-amor-maior, inquieto, medroso, entregue, piscando. Piscando em sinal de um alerta que ele mesmo, estúpido, não conseguiu dar conta. Odeio ser brega por tua causa. E toda essa coisa de sermos feitos muito pra nós dois.
Odeio sonhar com você, achar tudo real, e acordar impregnada por tua presença que não tenho. Odeio essa coisa bonita que sai daí e me pega no colo de um jeito meio felizesparasempre. Odeio pensar em você. Odeio ser louca e te mandar torpedos esquisitos. Odeio meu coração descontrolado ao te ouvir ao telefone e a vontade infeliz de querer te contar do que até hoje eu não sei, e continuo querendo.
Odeio você discordar comigo. Odeio que você tenha quebrado meu coração durante uma crise tresloucada e que eu tenha te xingado de egoísta e covarde. Odeio nunca ter conseguido chorar por você, e mais ainda a certeza imbecil de que isso se deve ao fato de que eu sei que esse você e eu é tão nós, que nem adianta chover pra nascer mais flores. A raiz tá fincada em todas as entranhas.
Odeio você indo embora. Você sabe que eu odeio a maneira como você sai. Odeio não me cansar de você. E odeio estar aqui, escrevendo, enquanto o incenso de qualquer-coisa-que-me-leve-ao-teu-encontro queima. Odeio já ter prometido que quando tudo virasse pó, faria da gente o mesmo. E o incenso nunca chega ao fim. Guardo a essência, colada em cada canto do meu quarto, e me embriago de um jeito que uso todas as palavras grandes, sem nem ligar.
Odeio teu medo. Tua insegurança. Meu medo. Nossa história respingada de pontos finais que acabam virando reticências. Odeio sermos tão parecidos. Quando você diz precisar de mim. Ouvir Por onde andei. Ir ao show de Zeca Baleiro sem poder te olhar quando ele diz sobre partes de estradas em caminhos. Odeio ver tua cara nas coisas que leio. Odeio precisar te mostrar algo e saber que só você vai entender. Teatro Mágico. Gostar das tuas irmãs. Teu sotaque. A semelhança das nossas coisinhas vividas quando ainda nem éramos.
Odeio você ser meu escritor preferido, materializado. E quando você me manda parar, quando começo a te elogiar. Odeio sonhar com um livro teu na minha estante, escrever textos pra você e que eles sejam os que todo mundo mais gosta. E odeio mais ainda quando você os responde, ou escreve pra mim, também. Odeio tanto quando você escuta meus detalhes exagerados de histórias desinteressantes e a maneira como lida com isso.
Odeio me engasgar de você. Odeio voltar. Odeio não conseguir ser firme em minhas decisões relacionadas a tudo isso. Odeio apagar as luzes, e você ser vagalume, vela, lanterna e depois sol, me acendendo inteira, notando minha tentativa frustrada de fazer brilhar qualquer coisa amarela entre gravetos espalhados contra o vento. Odeio tua serenidade que me faz te querer como cais na hora em que tudo desmonta. Odeio te querer bem, muito bem.
Odeio principalmente, saber que tudo isso é mentira. Perder meu sorriso em você. E ainda guardar um pedaço de céu, todo roxo, pra te dar de presente quando nosso diálogo mudo vier ditar o vir a ser.
No fim de tudo, o que mais odeio, é abraçar todos os teus defeitos. Sabê-los tão distantes, ao compará-los a tudo o que temos de maior. Só não odeio tudo isso quanto odeio não ter você por perto, quando quero, ocupando todos os meus lugares mais lindos.
Coisa desses caminhos sem lua, e o tempo todo tão cheio de estrelas
Odeio você ter a letra bonita. E odeio que a primeira carta tenha chegado num envelope transparente. E mil e uma borboletas de uma vez fazendo festa no meu estômago vazio. E meu coração-motor-de-amor-maior, inquieto, medroso, entregue, piscando. Piscando em sinal de um alerta que ele mesmo, estúpido, não conseguiu dar conta. Odeio ser brega por tua causa. E toda essa coisa de sermos feitos muito pra nós dois.
Odeio sonhar com você, achar tudo real, e acordar impregnada por tua presença que não tenho. Odeio essa coisa bonita que sai daí e me pega no colo de um jeito meio felizesparasempre. Odeio pensar em você. Odeio ser louca e te mandar torpedos esquisitos. Odeio meu coração descontrolado ao te ouvir ao telefone e a vontade infeliz de querer te contar do que até hoje eu não sei, e continuo querendo.
Odeio você discordar comigo. Odeio que você tenha quebrado meu coração durante uma crise tresloucada e que eu tenha te xingado de egoísta e covarde. Odeio nunca ter conseguido chorar por você, e mais ainda a certeza imbecil de que isso se deve ao fato de que eu sei que esse você e eu é tão nós, que nem adianta chover pra nascer mais flores. A raiz tá fincada em todas as entranhas.
Odeio você indo embora. Você sabe que eu odeio a maneira como você sai. Odeio não me cansar de você. E odeio estar aqui, escrevendo, enquanto o incenso de qualquer-coisa-que-me-leve-ao-teu-encontro queima. Odeio já ter prometido que quando tudo virasse pó, faria da gente o mesmo. E o incenso nunca chega ao fim. Guardo a essência, colada em cada canto do meu quarto, e me embriago de um jeito que uso todas as palavras grandes, sem nem ligar.
Odeio teu medo. Tua insegurança. Meu medo. Nossa história respingada de pontos finais que acabam virando reticências. Odeio sermos tão parecidos. Quando você diz precisar de mim. Ouvir Por onde andei. Ir ao show de Zeca Baleiro sem poder te olhar quando ele diz sobre partes de estradas em caminhos. Odeio ver tua cara nas coisas que leio. Odeio precisar te mostrar algo e saber que só você vai entender. Teatro Mágico. Gostar das tuas irmãs. Teu sotaque. A semelhança das nossas coisinhas vividas quando ainda nem éramos.
Odeio você ser meu escritor preferido, materializado. E quando você me manda parar, quando começo a te elogiar. Odeio sonhar com um livro teu na minha estante, escrever textos pra você e que eles sejam os que todo mundo mais gosta. E odeio mais ainda quando você os responde, ou escreve pra mim, também. Odeio tanto quando você escuta meus detalhes exagerados de histórias desinteressantes e a maneira como lida com isso.
Odeio me engasgar de você. Odeio voltar. Odeio não conseguir ser firme em minhas decisões relacionadas a tudo isso. Odeio apagar as luzes, e você ser vagalume, vela, lanterna e depois sol, me acendendo inteira, notando minha tentativa frustrada de fazer brilhar qualquer coisa amarela entre gravetos espalhados contra o vento. Odeio tua serenidade que me faz te querer como cais na hora em que tudo desmonta. Odeio te querer bem, muito bem.
Odeio principalmente, saber que tudo isso é mentira. Perder meu sorriso em você. E ainda guardar um pedaço de céu, todo roxo, pra te dar de presente quando nosso diálogo mudo vier ditar o vir a ser.
No fim de tudo, o que mais odeio, é abraçar todos os teus defeitos. Sabê-los tão distantes, ao compará-los a tudo o que temos de maior. Só não odeio tudo isso quanto odeio não ter você por perto, quando quero, ocupando todos os meus lugares mais lindos.
Coisa desses caminhos sem lua, e o tempo todo tão cheio de estrelas
quase, mas muito quase mesmo eu chorei. nem tinha percebido que sentia falta das tuas escritas.
ResponderExcluirbeijo!
Quem nunca odiou tanto assim?!
ResponderExcluirBelo texto.
deixou um nó na minha garganta.
ResponderExcluirJaya, larga esse direito e vem escrever-nos a vida em livros!
ResponderExcluirAgora, eu posso fazer minhas as tuas palavras e dizer que me senti em cada parágrafo. Parece que fui eu que escrevi. Não pela forma escrita, pois não sei se consigo assim tão magnificamente, mas pelo sentimento sentido. Pela situação apresentada. Lindo demais de se ler e sentir. Intenso de um jeito mágico.
ResponderExcluirAndei distante... Estava curtindo as férias ao lado dele, deixando a distância e a saudade tirarem férias também... Assim que voltei, gripei, e por isso, só agora voltei pra o blog...
Beijão pra tu
Coisinhas gays e muito bem escritas.
ResponderExcluirCaramba, como me identifico demais com teus escritos e sentimentos (e tu também se identifica com os meus, fazer o quê?...).
Admito que caiu uma lágrima discreta enquanto lia. Ele nem percebeu, que bom! xD
Muito lindo!
Beijos pra tu, moça! *-*
Isso é o que se pode chamar de um "ódio bom", né, Jaya?
ResponderExcluirFui lendo como se fosse uma cena de cinema, de um filme. Daqueles muuuuiiiitoooo bons!!!
Bjoooooooo!!!!!!!!!!!!!
Ah, minha Jaya, tu já es linda normal, imagina qando afetada por essa doença maluca chamada paixão...
ResponderExcluirAh, eu te quero desse jeitinho assim, porque tu deixas todo colorido esse meu mundo preto-e-branco.
Adoro-te, flor!
:*
Belo texto, olho encheu de lagrima, mãis não pisquei! kkkk, acho que ela não percebeu! kkk
ResponderExcluirGrande Abraço Moça das coisinhas gays kkk
Isso tudo é muita coisa pra odiar em apenas um segundo. Mas é assim mesmo néa??
ResponderExcluirSorri e quase chorei enquanto lia.. adoreii simplesmente!!!
Seu texto, lindo. Mas não como sempre! *-*
ResponderExcluirEu disse pro Lipe hoje : 'você é um E.T, porque escreve bem demais e isso não é normal'
E agora, vou ter que dizer.
Vocês dois são do mesmo planeta, que não é a Terra! Porque escrevem, ai.. escrevem TÃO bem! *-*
Canoura (L) E.Ts
Jaya.
ResponderExcluirIncrível de verdade!
Deixa a gente num misto de choro e riso.
Beijos pra ti!
e eu vou dizer o que? que isso aqui tá lindo, mexendo no dentro, revirando o tudo? e ser só mais que vê o que está escancarado na nossa cara? não, eu vou te odiar. odiar pelo, por, teu odio.. pelas tuas letras tão juntas que juntam. pelo seu sorriso a cada 'aaaaah' dito.
ResponderExcluirsabe Jaya você é reticências. vou fingir que sei pra poder achar que entendo. mas você é. sabe-se lá o que.
te ...
beijos meus
na testa, no queixo, e na batata dos olhos euaueaha :*
hahaha. Adoro você falando de coisinhas Gays, Jaya. Adoro e ponto.
ResponderExcluirE eu tô aqui de boca aberta, toda idiota, achando tudo lindo. Tanto tempo que nem fico assim: achando que sim, o mundo tem conserto e sim a gente pode viver amor. Porque no meio desse tanto de "odeio isso e aquilo" eu respirei amor. Li aqui, e li lá também. E nunca em minha vida percebi quanto amor existe no ódio. hahaha!
E ah! Eu voto em livro publicado com duetos. Dos dois. Porque são perfeitos, sempre. E porque num tem como fazer desconexão! =) Mas daí, em paralelo vocês escrevem outro livro, sozinhos. Daí, seriam 3! Teu, dele, dois. E eu ia gostar demaais! =) huhuhu!
Você brilha, Jayazinha, Tanto que teu brilho chega aqui, como se de fato, vizinha minha você fosse. E eu me derreti toda "gayzinha" com teu último recado, e me senti aconhchegada, e não mais sozinha. Obrigada por existir, aqui.
Superbejo!
amo a múica, e eu tbm odeio... e poderia facilmente ter escrito algo parecido...
ResponderExcluir'nossa história rspingadas de pontos finais que acabam virando reticências.' minha cara isso.
bjo!
os românticos de plantão costumam querer me matar por isso, mas sempre achei o ódio um sentimento superlativo, embora nem sempre as consequências dele sejam das mais agradáveis ...
ResponderExcluirmas às vezes vai bem, pra movimentar pesos em que a inércia é por demais intensa e há a necessidade de se sair dela ...
odiar não ter por perto é algo que você deve fazer sempre, com a máxima intensidade ...
Ei menina, andou sumida mas voltou arrebentando. Que bonito! E que dom! Espero que esteja tudo bem.
ResponderExcluirJayazinhaaaaaaaaaa,
ResponderExcluirSelo pra vc no meu canto!
=)
Hahaha!
Suuuperbejo!
Uauuu, menina amei!!
ResponderExcluir"Perder meu sorriso em você. E ainda guardar um pedaço do céu,todo, roxo, pra te dar de presente quando nosso diálogo mudo vier ditar o vir a ser."
Lindamente gay.
Gay e lindo! hehehehe
ResponderExcluirEu sempre fico suspirando igual boba quando leio teus textos... Adoro.
Bjos e td de bom!
Isso é o que podemos chamar de um "ódio do bem".
ResponderExcluirQuem nunca "odiou" assim que atire a primeira pedra (rs).
Como em todos os seus textos, vc escreve exatamente aquilo que sentimos.
Obrigada pela visista tão carinhosa!
Beijos,
.Luana.
Um amor-ódio.
ResponderExcluir"Me engasgar de você". Engasgo bom, não é? Gargarejar, sentir, dentro.
Amor que só entende quem tem.
Não acredito que é prima do peru, Jaya! Eu sou tão... Desligada. hahaha.
Beijos
quem nunca odiou de forma amorosamente deliciosa como você descreve aqui?
ResponderExcluirmaravilhoso beibe!
tebeijo
Coisinhas gays são legais e podem ser lindas, como esse seu texto.
ResponderExcluirConheço bem esse ódio aí. E que o seu passe logo. ^^
Beijos
=**
Jaya, tem selinhos pra ti!
ResponderExcluirBeijos!
Teu amor é tão lindo que quero roubar para mim.
ResponderExcluirAmada,
te indiquei em um selo que, acredito, você recebeu de muitos, não só de mim.
,,
*
ai que eu não aguento tanto sentimento.
ResponderExcluirsério.
porque você é toda linda apaixonada e isso já basta,Jaya.
Flores.
O ódio traz o amor de diferentes formas...
ResponderExcluirEsse seu post me lembrou uma cena do filme:
"10 coisas que eu odeio em você" (que eu ja vi mais de 15 vezes) que no fim ela diz assim:
" mas eu odeio principalmente não conseguir te odiar"
Muito lindo Jaya.. Agora cheguei pra ficar aqui no seu blog..!
Bjooooos Jaya e ótima semana pra você !
É, também odeio odiar tudo e ficar postando coisinhas gays... mas isso tudo faz parte, bem chato. E se não fosse assim, que sentido teria?
ResponderExcluirBeiiijo
Jayalindadomeucoração!
ResponderExcluirMe senti em cada linha sua, me vi querendo roubar seus versos pra mim. Vc é tão encantadoramente perfeita com as palavras, que li tudo de uma só vez. Num fôlego só. E faço releitura cada vez mais. Até cansar - e garanto que não cansa!
Vc transpira paixão.
Quando crescer, me esnina a fórmula pra ser como vc? Até rimou...kkkk!
Ameeeei, mais uma vez. E nem canso de ser repetitiva.
Beijo grande, flor!
eu dei o mesmo selo que a fer te deu.
ResponderExcluirmas poxa você é tão ... :*
Oi moça,
ResponderExcluirTem um presentinho para você lá no meu cantinho.
Beijos
=***
Cada postagem sua que leio fico mais apaixonada! Gostaria conseguir escrever dessa forma!!
ResponderExcluir=**
Fucei teu blog e adorei os textos. Posso voltar sempre ?
ResponderExcluir=)
eeei fofinha!!
ResponderExcluirentão estamos nós duas apaixonadas?
ai, que bom!!! hehehe
ameeei esse texto! parece coisa de filme...
me lembrou aquele "10 coisas que eu odeio em você"
muuito lindo mesmo!!
super beijo!!
Jaya e essas suas coisinhas gays... eu morro de rir dessa história!
ResponderExcluirnão canso de ler
ResponderExcluirparabéns
Bom Dia, Jaya!
ResponderExcluirDeixei uma brincadeira pra vc lá no blog. Espero que goste.
Beijos,
.Luana.
Ih! Acho que você não odeia não. É muito amor embutido.
ResponderExcluirBjo