outras páginas.

Às vezes eu amo.

E construo castelos
Às vezes eu amo tanto
Que tiro férias.

[Medieval II – Cazuza/ Meanda]


É assim que a vida vai. Leve, flutuando, longe de qualquer peso, quase que desafiando a gravidade. Porque chega uma hora em que amar também cansa. Um amor indefinido cansa. Certezas demais também cansam. E quando a gente ama ao ponto de quase se perder: férias.

Já foi o disparo e as borboletas no estômago. O suspiro integral e o riso frouxo. Abobalhação. O não desligar do telefone. A espera. O ouvir uma música e achar que haveria identificação. O tentar fugir a dois. O tentar não apressar, e ao mesmo tempo planejar. O imaginar como seria. As cores. É apelido carinhoso. Já foi declaração. É tudo aquilo que Camões falou.

Mas o sentido escapa. As vontades se refugiam. As palavras perdem o significado mais intenso, que nem o dicionário ousava descrever tão bem. A música pára de tocar. O comodismo aparece. A alegria é outra. O sonho se transforma.

É estafa. É o gesto que se torna um lugar comum. Doação existe, mas brincadeira não supre toda e qualquer seriedade. É explosão de afinidade. E ainda existe o contente. Existem as mãos esfriando com casualidades. Existe a procura. O olhar perdido. O carinho. Mas o silêncio não é mais o mesmo de antes. A vida também não. Esse retirar e dizer de palavras já não agrada.

Voar faz bem. E se o mesmo céu ilumina a todos, um dia as asas poderão descansar na mesma nuvem. Mas não agora. Agora é hora de voar.

Eu acredito em paixão e moinhos lindos.

Comentários

  1. Eu gostaria que a magia durasse pra sempre!

    Eu acredito em paixão e moinhos lindos.[2]

    =)

    beijos

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  2. Querida Jaya,

    Confesso ser também um adepto de um par de asas e um amante do céu, ainda que tenha um medo de altura que me chega a dar pânico.

    O lance é que devemos superar o "medo dessa altura" e renunciar ao que não vale a pena. Daí a necessidade do vôo para outros arredores. Daí as férias.

    Com certeza, nem tudo dura tanto assim, mas é bom que saibamos buscar o aprendizado até com aquilo que um dia passa por nós, mas no outro se esvai.

    Você coloca tudo isso muito bem, com sua letra bonita, com seu coração bem aventurado. Eu adoro vir aqui ler-te. Obrigado de coração por fazer de mim seu leitor a ca da dia e pelas belas palavras em Pesar de Alma. Bjos e que Papai te guarde!

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  3. QUe o céu esteja sempre azul e que as nuvens sejam sempre tecidas em fios de algodão doce, para que o seu vôo seja o mais lindo e tranqüilo possível...
    Beijos.

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  4. Gostei de ler:)


    A LUZ QUE TE DEIXO É DA COR DA MINHA VIDA:)
    Comenta o meu blog:)

    Bom domingo:)

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  5. ahhhhh!
    q dizer dessas horas???
    o céu parece um incêncio que só os amantes vêem!
    vamos voar!

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  6. Triste isso né, porém real.
    E já que chegou a hora de voar, desejo que encontre um lindo céu azul para os teus rodopios.
    Bjinhos!

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  7. Oi Jaya!
    Antes de comentar seu texto, quero dizer-lhe que sinta-se a vontade para chamar-me como quiser, não vou brigar não, rs. Ah, e eu conhecia a valsinha do Chico, sim - tocava na abertura da novela "Éramos seis", marcou minha infância! Linda... nem mereço ser comparado a ele, mas agradeço ainda assim.

    Seu texto: doce como sempre; trouxe pra mim um pedaço desse mundo de sonhos, dessa vontade de amar sempre, gostar sempre, dar as mãos, voar com alguém. Lembrou-me o poema "O haver" do Drummond, vc deve conhecer. Foi bom ler vc.

    Beijo

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  8. É isso aí, Jaya! Às vezes, a Liberdade se faz necessária. Dê e receba espaço. Voe quando preciso. Pouse quando quiser.

    Mas voe cada dia em um céu diferente. E pouse em lugares distintos, também. Pode ter até a mesma pessoa te esperando, mas, nos outros aspectos, variar é fundamental.

    E olha só quem tá falando. Rs.

    Jaya, texto supimpa! (?)

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  9. A magia inicial é boa demais...
    Mas eu acho que as férias é um periodo de reflexao mto bom...
    É pensar no que já aconteceu... e pensar que ainda tem muito pra aonctecer...
    em todos sentidos possíveis.
    Seus pensamentos são tão maduros, que eu até fico envergonhada de falar besteira
    :*

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  10. Jaya, Jaya.
    Belíssimo texto.

    Ás vezes, tbm acredito em moinhos...
    Beijão.

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  11. tava pensando nisso esses dias! a gente se apaixona e tudo é alegria e estrelas cadentes! e depois o tempo apaga aquilo que sempre brilhou tanto! tava até pensando em escrever sobre isso! quem sabe?! acho que por isso que não estou disposta a me apaixonar!
    beijos!

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  12. Desculpe minha "ausência passageira", Jaya! Ando caçando ratos! Dei uma geral por aqui, nos posts que perdi.
    Como sempre, tudo perfeito demais, é mesmo uma Jaya que vale por duas! Quanto a este último post, tudo depende de nosso momento, pode observar. Hoje, o amor é tudo; amanhã, não é nada; depois de amanhã, é tudo...
    Bjoooooooooooooooooooooo!!!!!

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  13. Eu acredito em paixão e moinhos lindos.
    ----------
    Eu andei por aqui.
    E, deixo um 'beijinho'.
    Manuel

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  14. Seeempre com palavras certas, para assuntos certos.

    Às vezes amor cansa,ou a gente percebe que ele não é tudo aquilo que um dia nos contaram na tela do cinema. Porque não dá pra tudo ficar bem, com um lindo final feliz?

    Eu também acredito em paixão e moinhos lindos.

    Faz faculdade e estágio de que Jaya?

    Tudo sempre lindo aqui, o coração até fica mais leve.
    Beijos :*

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  15. aiai, sempre me sinto bem depois de visitar vc.

    =***

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  16. Eu queria viver de poesia, mas viver na poesia é mais cruel que viver fora dela =/
    Que triste é tudo isso, sem magia.
    Mas eu acredito em paixão.
    E na magia da paixão.

    Parabééééééns, pelo blog =D
    Gostei demais demais =DDD

    Boa Semaaaana ;DDD


    www.laseltsam.blogspot.com

    ;*

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  17. Lindo esse texto.

    Apesar de não ter medo de voar com o amor (mesmo tendo vertigem quando me deparo com alturas), hoje eu prefiro amar com o pé no chão. Infelizmente.

    Um dia, construo as minhas asas de novo.

    Gostei daqui! Primeira visita minha. Vou linká-la no meu blog.

    Bjos

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  18. bom, o amor é lindoo, mas às vezes é necessário mesmo tirar umas férias.
    Porque é como diz aquela frase: beleza demais, cansa! heheheh

    com o amor também é assim.

    =*

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  19. Que bom que você acredita em paixões, que você voa. É sinal de que você vive e não tem medo.

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  20. ...é incrível como todos que postaram no dia do meu níver escreveram coisas tão a ver comigo nesse momento. Impressionante, Jaya... Acho que ando em conexão com todos vocês. Por isso sou suspeito pra falar desse post, já que ele me falou muito profundo e diretamente ao coração machucado... Um beijo carinhoso pra ti (e obrigado pelas palavras sempre gentis, querida...)...

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  21. olha eu já perdi as contas de quantas vezes eu passei por isso, não sei o q eh mais dificil, aprender a mar ou desamar. pq por mias q vc passe anos da sua vida com uma pessoa, nunca vai esquece-la por completo. por mais q haja odio e raiva.
    amor é um labirinto
    =D
    Bjs

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  22. Até um certo tempo a gente tem medo de voar mesmo, mas depois que percebemos que já podemos nos sustentar com nossas próprias asas e alçamos vôo aí temos a capacidade de superarmos qualquer limite !!

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  23. Ooo minha Jaya... que coisa linda!
    Tu ama... e eu tbm, mas sempre me estrepo, acabo desistindo de cultivar o jardim.. é uma loucura.
    Mas a tua sensibilidade me ganha, sempre.
    E muito obrigada pelo comentário e pela força, viu?
    Adoro-te hermana linda dos meus caichos!
    Beijos

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  24. Reavive a vida. Voe por céus diferentes usando as mesmas asas...

    Texto para pensar... merece o mente iluminada...

    Küssen!!!

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  25. Jaya, você sempre me diz coisas lindas.
    Quer casar comigo? Podemos voar pra uma mesma nuvem...
    Beijão!

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  26. Paixão cansa, amor não cansa... Mas é uma teoria pra falar com calma...

    Voltei, guapa... Me visita?
    =)

    Besos...

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  27. "Porque chega uma hora em que amar também cansa. Um amor indefinido cansa. Certezas demais também cansam."

    Falou e disse hem!rs

    Parabéns pelo blog, vc escreve mto bem!


    Beijão*

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  28. ...ah, desculpa, querida... é que nem eu mesmo ligo tanto assim pro meu níver... foi dia 17... saí à noite com uns amigos, dançamos muito, pulamos muito, rimos muito, nos divertimos muito etc e tals... depois, mais tarde, teve churrasco aqui em casa. Foi muito legal também (só que passei o tempo todo de óculos escuros pra esconder a carinha "de ontem" que fiquei né...rs)... Minha mãe que fez o bolo dessa vez: 2 camadas - a de cima de ameixas; a de baixo de chocolate (que eu amo!!!); no meio, recheio de ameixas também e cobertura de brigadeiro. Uma confusão só, né...rs mas ficou gostoso... Não posso te mandar um pedaço, querida, porque já acabou... :( mas oh, prometo que na próxima festa que tiver aqui te convido e guardo bolo pra ti, tá bom??? Um beijão bem carinhoso pra ti e sempre obrigado pelo carinho!!!...
    PS: do jeito que eu viajo nos outros, logo logo outro texto vai aparecer lá no mundo rs...

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  29. Oi, Jaya, estou passando para pedir desculpas por não ter vindo antes. Infelizmente, a única hora em que dá para comentar é agora e quase sempre quero escrever algo bem legar para ti, pois você merece, mas não dá tempo direito para isso.

    Bom, quanto às "asas do amor" dizem que são da cor do arco-íris e que duram o mesmo tempo que este fenômeno natural dura depois de uma chuva. Assim, é bom aproveitar quando ele (o amor) aparece, e maravilhar-se. Mesmo que o tempo o modifique um pouco, se é amor é algo eterno, enquanto durar.

    Um abração, querida!

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  30. Gostei muito do seu jeito de escrever... me lembra mto (mto msm) o jeito do filipe!!!

    Pode saber q serei uma leitora assídua!!!

    bjinhos...

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  31. Essa confusa sensação às vezes me deixa em torpor, em profundo ato de reflexão.
    O que mais me chama a atenção é a subjetividade do dia-a-dia, e toda esse intrincado labirinto de emoções.

    As vezes tu ama...

    Eu sempre amo...

    ;)

    Beijo no coração

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  32. É, eu queria conseguir tirar férias, mas creio que já me perdi há tempos e na casa em que entrei, a porta trancou-se atrás de mim e não há, sequer, um interruptor.
    Por isso, saio por aí, às escuras, esbarrando em tudo e em todos, até, finalmente encontrar alguém que me guie ou achar, sozinha, a porta dos fundos.
    Assim é a droga do amor, não é?
    Beijos

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  33. Que ninguém me leia aqui, mas isso aí eu conheço bem. Já precisei de muitas férias, e depois férias das férias.

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